Um lampejo de paisagens desfocadas – repetidamente interrompido pela silhueta de um depósito de munições em ruínas, uma relíquia muda da Segunda Guerra Mundial, escondida no fundo da floresta. Sem placas, sem palavras – apenas vestígios de betão, já reclamados pela natureza.

O lugar carrega em si um desconforto, que se manifesta como um eco do passado. O filme experimental Im Dickicht aborda este espaço com uma estética de alienação e abstração, evocando um incómodo latente. O título refere-se à floresta como metáfora da complexidade da perceção humana e encontra o seu reflexo na sobreposição de imagem e som.