Secção destinada ao cinema independente, nacional e internacional, cujos filmes competem por um de três prémios monetários e uma estatueta conceptualizada pelo artista visual Henrique Silva, co-fundador da Bienal de Cerveira, e materializada por Marco Fidalgo.
Um dos prémios, o Prémio do Público, conta com o público local para a sua atribuição através de uma votação por pontos em sessões aplicáveis (curtas-metragens): este prémio destina-se a empoderar o público local e democratizar o processo de premiação, fazendo eleger o filme predileto de Cerveira.
Em competição estão as curtas-metragens:
- Atom & Void, de Gonçalo Almeida
- Unsold Copies, de Stefan Koutzev
- Quando M’Eu For Desta Terra, de Francisco Moura Relvas, Rita Senra
- On Plains of Larger River & Woodlands, de Miguel de Jesus
- Brute, de Valentina Knežević
- Arguments in Favor of Love, de Gabriel Abrantes
- 154, de Andrea Sbarbaro e Riccardo Copreni
- Business as Usual, de Pedro Vinícius
- Bença, de Mano Cappu
- La Cascada, de Pablo Delgado
- Spider-Zan, de Maryam Khodabakhsh
- +10k, de Gala Hernández López
E as longas-metragens:
- Lesson Learned, de Bálint Szimler
- The Nights Still Smell of Gunpowder, de Inadelso Cossa
- L’ Ancre, de Jen Debauche
- KICKOFF, de Roser Corella e Stefano Obino
- Banzo, de Margarida Cardoso
- Souleymane’s Story, de Boris Lojkine
- Manas, de Marianna Brennand Fortes
Inês Oliveira
Inês Oliveira (1976) vive e trabalha em Lisboa. Desde 2003 que a sua actividade principal é a escrita de argumento e realização cinematográfica: O NOME E O N.I.M. (curta, 2003), COMER O CORAÇÃO (doc., 2005), CINERAMA (longa, 2009), BOBÔ (longa, 2013), VIRA CHUDNENKO (documentário, 2017), O SAPO E A RAPARIGA (curta, 2019), A ESCUTA (doc., 2022).
Os seus filmes têm sido premiados e exibidos em dezenas de festivais internacionais como TIFF Toronto, Nouveau Cinemas Nouveau Medias, Angers, Torino FF, Mostra de São Paulo, DocLisboa, Curtas de Vila do Conde, IndieLisboa. Em 2022 criou a produtora Filmes da Mãe.
É a atual Presidente da Mesa da Assembleia da organização MUTIM, dedicada à representação de mulheres no cinema nacional.
Mário Macedo
Mário Macedo (1989) nasceu e cresceu numa pequena cidade no norte de Portugal. Licenciou-se em 2010 em Som e Imagem pela Universidade Católica Portuguesa do Porto. Em 2011 finaliza o curso de cinema da European Film College na Dinamarca.
Em 2023, foi seleccionado para o programa The Factory North of Portugal, tendo co-realizado a curta-metragem Maria que teve estreia mundial na Quinzena dos Cineastas do Festival de Cannes. Em 2024, estreou no Festival de Clermont-Ferrand a curta-metragem Cul-de-sac, co-realizada com o Vanja Vascarac.
O seu novo filme That’s How I Love You estreou em competição no Festival Curtas de Vila do Conde em 2024, onde arrecadou o Grande Prémio da Competição Internacional e ficou candidato aos European Film Awards, contando até ao momento com mais de trinta exibições em festivais internacionais.
Também trabalha como fotógrafo, lançando o seu primeiro photobook Running Away Into You, pela Lebop (PT) e Loco Éditions (FR) em conjunto com a Olhar de Ulisses, que teve estreia nos Rencontres d’Arles de 2024.
Takashi Sugimoto
Takashi Sugimoto (1975, Japão) vive no Ocidente há mais de 30 anos. Estudou fotografia em Itália, no Istituto Europeo di Design, em Turim, estagiou na agência fotográfica Magnum, em Paris, e tem uma pós-graduação em dramaturgia e realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa.
Foi selecionado para os “100 jovens artistas italianos - FURLA per l’arte” em 2000. Em 2016 estreou a curta-metragem “Live Tropical Fish” no IndieLisboa. É membro da Associação Portuguesa de Realizadores e fez parte do júri da secção Prémio Revelação do DocLisboa 2021.
O seu primeiro documentário de longa-metragem, “Ouro Negro / Black Gold”, ganhou o prémio “Jury Special Prize” no POFF28 Documentary Competition, no Tallinn Black Nights Film Festival de 2024, na Estónia. Foi selecionado para a competição oficial do FGCSD Santo Domingo Global Film Festival, na República Dominicana, e do FICG Guadalajara International Film Festival, no México. Em breve, publicará um livro fotográfico intitulado “Spiritus”, que significa “respiração” em latim.
Sandro Aguilar
Sandro Aguilar nasceu em 1974. É realizador, montador e produtor.
Em 1997, conclui o curso de Cinema na área de Montagem da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Em 1998, fundou a produtora O Som e a Fúria cujo currículo inclui obras de Manoel de Oliveira, Miguel Gomes, João Nicolau, Eugene Green, Salomé Lamas, entre muitos outros. Os seus filmes ganharam prémios em festivais como La Biennale di Venezia, Locarno Film Festival, Gijón, Oberhausen, Curtas Vila do Conde, IndieLisboa, Montreal (entre outros) e foram exibidos nos principais festivais de cinema mundiais. Foi por duas vezes nomeado para melhor curta-metragem nos European Film Awards.
Foi alvo de retrospectivas no BAFICI, Roterdam Film Festival, New York Film Festival (Views from the Avant-Garde), Arsenal-Berlim, ISFF Oberhausen e, recentemente, na Filmadrid. Em 2013 foi convidado a integrar o reputado programa DAAD – Artist in Residence, Berlim (que recebeu no passado cineastas como Béla Tarr, Jim Jarmush, Otar Iosseliani, Chen Kaige).
Sérgio Tréfaut
Sérgio Tréfaut nasceu no Brasil em 1965.
Formou-se em filosofia na Sorbonne e começou a sua vida profissional em Lisboa como jornalista e assistente de realização.
Afirmou-se como realizador e como produtor durante a década de 90. Nesse período também coordenou grandes exposições internacionais e pouco depois foi Presidente da Apordoc – Associação Portuguesa de Documentário e dirigiu o festival Doclisboa de 2004 a 2010. Os seus filmes foram exibidos em mais de 50 países, onde receberam múltiplos prémios.
Zadok Ben-David
Zadok Ben-David é um artista premiado, baseado em Londres e Portugal.
Reconhecido sobretudo pelas suas esculturas, instalações e obras públicas, Ben-David explora temas ligados à natureza humana e à evolução. O seu trabalho é frequentemente descrito como poético e mágico, oscilando sempre entre o delicado trabalho em miniatura e as instalações monumentais. O metal tornou-se a linguagem preferida de Ben-David, contrastando com as subtis ilusões ópticas que cria a partir de um meio por vezes áspero.
Ben-David representou o seu país, Israel, na Bienal de Veneza em 1988 e participou em bienais de todo o mundo, incluindo a XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Portugal (2022), a Breda Photo Biennial, Países Baixos (2020), a Bienal de Krasnoyarsk, Rússia (2019), a Bienal de Busan, Coreia do Sul (2010); a Biennale Cuvee, Áustria (2009); a “Wonder” Singapore Biennale, Singapura (2008) e a Sculptuur Biennale, Países Baixos (2007).
Nascido em Bayhan, no Iémen, em 1949, Ben-David emigrou para Israel no mesmo ano e formou-se em Escultura Avançada na St. Martin’s School of Art, em Londres, onde também lecionou de 1977 a 1982.
Agenda
Secção Competitiva: Sessão Geral das Curtas-Metragens em Competição